Radiografia Odontológica (Intraoral) de todos os dentes e Sondagem Periodontal
De acordo com o Colégio Americano de Odontologia Veterinária (AVDC), a Sociedade Americana de Odontologia Veterinária (AVDS) e a Associação Americana dos Hospitais Veterinários (AAHA) todo paciente odontológico deve ter toda a boca radiografada, mesmo para os procedimentos odontológicos mais simples como as limpezas dentárias.
A recomendação se baseia em estudos que mostram que quando se faz radiografia de todos os dentes durante os tratamentos odontológicos, cerca de 30% dos dentes dos pacientes caninos e 40% dos dentes dos pacientes felinos apresentam alterações radiográficas que indicam doenças que prejudicam toda sua saúde.
Ou seja, as radiografias intraorais revelam alterações que estão abaixo da gengiva e que não podem ser vistas sem seu auxílio.
Portanto, o profissional que não faz a radiografia de todos os dentes durante um tratamento odontológico, assume o risco de deixar para trás alterações que podem causar dor e prejuízo à saúde de seus pacientes. Por isso nós do Odontovet estamos alinhados com profissionais especialistas do mundo todo e fazemos radiografia de todos os dentes em todos os nossos pacientes.
Para aumentar a qualidade das imagens radiográficas e para reduzir o tempo de anestesia, o Odontovet usa sensores digitais para a realização das radiografias intraorais. Com esta tecnologia, a radiografia aparece na tela do computador assim que é feita e o profissional pode acompanhar em tempo real as imagens realizadas.
Veja alguns exemplos de como uma radiografia pode ajudar a garantir um diagnóstico e tratamento corretos influenciando positivamente na saúde oral:
Em casos de doença periodontal
A radiografia intraoral é fundamental durante um tratamento periodontal para se avaliar a perda do osso que segura o dente na boca, veja exemplos:
Aspecto normal do canino e dos 1° e 2° dentes pré-molares superiores de um cão. Dentes aparentemente limpos e gengiva aparetemente normal.
Sondagem periodontal do 2° pré-molar superior. A sonda passa por baixo do dente entre as raízes porque o osso foi destruído pela doença periodontal. Neste espaço entre as raizes a placa bacteriana se acumula e não pode ser removida com a escovação do dente e funciona como um foco de infecção.
Radiografia intraoral do canino, 1°, 2° e 3° pré- molares superiores. Existe significativa perda de osso (linha pontilhada amarela – o osso deveria estar no nível da linha pontilhada branca) ao redor do 1° e 2° pré-molares, resultado da evolução da doença periodontal. Estes dentes funcionam como um foco de infecção e tem a indicação de serem extraídos durante um tratamento periodontal. Caso contrário, não é possível devolver a saúde bucal.
Vista lateral da boca de um paciente canino. Presença de tártaro e inflamação na gengiva (Doença periodontal).
Área selecionada da imagem ao lado dos dentes 1°, 2° e 3° pré-molares superiores direitos com pequena retração gengival no 1° e 2° pré-molares.
Radiografia intraoral do 1°, 2° e 3° pré-molares superiores direitos. Nota-se áreas escuras de grande perda óssea. Estes dentes funcionam como um foco de infecção e tem indicação de serem extraídos. Tudo isto poderia ter sido evitado com cuidados odontológicos em casa e avaliação/tratamento profissional regularmente.
Vista lateral da boca de um paciente canino. Prensença de tártaro e inflamação na gengiva (Doença periodontal). Percebe-se retração da gengiva entre o 4°pré-molar e 1°molar superiores e também entre o 1° e 2° molares inferiores.
Retração da gengiva entre o 1° e 2° molares inferiores em maior detalhe.
Radiografia intraoral do 1° e 2° molares inferiores. Setas brancas indicam área de perda óssea causada pela evolução da doença periodontal. O 2° molar está condenado a extração, o que poderia ter sido evitado com cuidados odontológicos em casa e avaliação/tratamento profissional regularmente.
Em casos de reabsorção dentária em gatos
As reabsorções dentárias (quando o organismo destrói o próprio dente) são muito comuns nos gatos. Estudos mostram que elas podem acontecer em 70% dos gatos. A radiografia intraoral pode detectar reabsorções que muitas vezes não podem ser vistas no exame clínico.
Canino superior direito de um gato pela face que fica voltada para dentro da boca (céu da boca). Presença de um ponto de inflamação na gengiva e pequena cavidade (buraco).
Radiografia deste canino revela que não existe mais raiz que foi completamente reabsorvida pelo organismo. A recomendação é que o dente seja extraído.
Para fazer uma avaliação da vitalidade do dente
Uma das maneiras de saber se o dente está vivo ou se apresenta algum problema com a parte viva do dente (“nervo” ou polpa) é fazendo uma avaliação radiográfica (Raio X intraoral).
Fratura do dente 4° pré-molar superior direito. Não há aparente exposição do polpa (“nervo”). Presença de tártaro e ferida na transição da gengiva para a mucosa.
Radiografia intraoral mostra lesão indicativa de abscesso (setas amarelas) o que indica que este dente está desvitalizado e precisa de tratamento de canal.
Em cerca de 92% dos casos de escurecimento dental a radiografia intraoral revela que o “nervo” do dente está morto e precisa ser tratado o canal.
Escurecimento do canino inferior esquerdo.
Radiografia intraoral comparativa entre os dois caninos inferiores revela que o dente escurecido apresenta canal mais amplo do que o dente canino do outro lado, o que indica que o dente está desvitalizado (morto) e deve ter seu canal tratado.
Em caso de fraturas
Radiografia de crânio convencional de paciente canino. Seta indica fratura da mandíbula.
Radiografia intraoral da região da fratura confirma fratura completa do ramo mandibular. A radiografia intraoral permite a avaliação dos dentes sem a sobreposição de outras estruturas.