Tumores de Boca [Oncologia]

ONCOLOGIA EM CÃES E GATOS

A oncologia é uma área da odontologia veterinária que trata dos pacientes que apresentam tumores na cavidade oral (boca).

Atualmente, pacientes com câncer na boca podem ser tratados aumentando sua expectativa de vida, voltando a ter uma excelente qualidade de vida.

Mas uma coisa é muito importante: quanto antes for realizado o diagnóstico correto, maiores são as chances de sucesso.

Por isso ressaltamos a importância de cuidados odontológicos de rotina em casa e avaliações periódicas no veterinário, que poderão identificar alterações precocemente.

Confira abaixo algumas fotos de casos de pacientes com tumores na boca que passaram por tratamento oncológico:

 

Oncologia

 

Paciente Golden retriver com cancer na boca. Indicação de remoção cirúrgica e acompanhamento com oncologista.

 

onco - postratamento

 

Paciente Golden retriver 30 dias após a retirada do tumor, plenamente recuperado, mostrando toda a alegria de viver.

 

Abaixo leia alguns depoimentos de tutores de pets que tiveram câncer na boca e venceram este problema:

DEPOIMENTO : CHIPER

Paciente, apresentava um tumor na mandíbula e foi operado. Veja depoimento dos donos após 1 ano do tratamento.

A descoberta de um grande tumor na boca do Chip foi uma surpresa para todos na família. Nunca havíamos imaginado esta possibilidade. De imediato, começamos a nos cobrar, pensando se havia sido uma displicência ou fruto de nossa ignorância em relação ao assunto. De qualquer forma, necessitávamos, o mais rápido possível, encontrar um especialista.

Discordando de uma primeira opinião que sugeria a realização de uma cirurgia paliativa, com prognóstico fechado, procuramos a equipe da Odontovet, onde nos consultamos com a Dr.a Michèlle Venturini. Na primeira consulta, já de posse do resultado da biópsia, recebemos a notícia de que havia a possibilidade de se realizar uma cirurgia radical, para tentar extirpar o tumor na sua totalidade, ou o mais próximo possível disto.

Entretanto, dois aspectos nos preocupavam. A quase certeza do Chip vir a apresentar, no pós-operatório, a língua caída, devido à retirada de parte da mandíbula e a utilização, por um período no pós-operatório, de uma sonda esofágica. Quanto à língua caída, fomos convencidos de que este fato incomodava mais aos donos do que ao próprio animal, uma vez que ele consegue se adaptar rapidamente a novas situações. Já em relação à sonda esofágica, fomos esclarecidos sobre o conforto que isto traria ao Chip para se alimentar e também sobre a praticidade para medicá-lo e alimentá-lo.

Feita a cirurgia, apesar da angústia e da ansiedade natural da situação, estamos tendo um bom resultado com o Chip. Dizemos “estamos” pois temos consciência que toda doença oncológica requer um acompanhamento a longo prazo.

Acredito que, com o apoio e o atendimento extremamente humano da Dr.a Michèlle Venturini e da equipe da Odontovet, conseguimos cumprir o nosso compromisso com o Chip de proporcionar-lhe a melhor qualidade de vida possível e a melhor assistência como forma de agradecimento por todas as alegrias que ele tem nos dado durante sua vida. A tempo, o Chip está evoluindo, ao menos por enquanto, 12 meses após a cirurgia, sem sinais de volta do tumor e sempre mostrando a língua, provavelmente para demonstrar o seu bom humor a todos que o rodeiam.

Sidney Mamoru Keira Sakico Keira Minoru Keira

DEPOIMENTO: ISADORA

Oncologia

Paciente, apresentava um tumor na mandíbula e foi operado. Veja depoimento dos donos:

Durante um carinho rotineiro, em meados de março, descobrimos um pequeno caroço no queixo da Isadora, nossa gatinha persa, com 9 anos de idade. Mais do que depressa, fizemos uma radiografia e que nos trouxe a possibilidade desconcertante dela ter um tumor. Numa primeira biópsia, veio um alívio, pois, embora o resultado não fosse 100% conclusivo, não falava-se em malignidade. Contudo, o tal do caroço começou a crescer, crescer e não sabíamos o que fazer.

No início de setembro, a situação começou a se complicar. A Isadora já não conseguia alimentar-se direito e chegou, por quase 4 dias, a comer muito, mas muito pouco. Após a visita ao veterinário, descobriu-se que havia uma grande inflamação, causada pelo, até então, caroço. Assim iniciamos a medicação para aliviar a dor, fazendo com que ela voltasse a comer. Nessa mesma consulta, nos foi indicada a Dra. Michèle, da Odontovet. Logo na primeira consulta, após apresentarmos todo o histórico da Isadora, a Dra. Michèle já nos preparou psicologicamente para aceitar que o tal caroço, dificilmente, não seria um tumor malígno e, se confirmado, uma opção seria uma mandibulectomia – ou a remoção da mandíbula direita da minha gatinha.

Nossa primeira resposta: “Se a única saída for a mandibulectomia, não será feita”.

Marcamos a cirurgia para uma nova biópsia. Cerca de 10 dias depois da cirurgia, dito e feito, o resultado dizia: Carcinoma Espinocelular.

Era chegada uma das piores horas. Decidir sobre o que fazer entre duas opções: 1) Manter a medicação da Isadora para que ela pudesse ficar sem dor e, em um curto espaço de tempo, colocar uma sonda esofágica para que ela pudesse ser alimentada até quando suportasse. 2) Aceitar a cirurgia que removeria a mandíbula direita – e todo o tumor – com o objetivo de dar um conforto e uma qualidade de vida melhor por mais algum tempo para ela. Com muita segurança e confiança a Dra. Michèle nos pontuou prós e contras de cada escolha e, fortemente, recomendou-nos a cirurgia e que, por final, acabou acontecendo no dia 13.11.12.

Hoje, aproximadamente 50 dias após a cirurgia, a Isadora está muito, mas muito bem! O pós-operatório requereu uma dedicação especial e, no caso dela, ainda contou com uma gastrite – por conta de toda medicação que tomou para a inflamação – que nos deu trabalho, mas conseguimos superar. Depois de duas semanas alimentando-se pela sonda esofágica (o que torna bem simples a alimentação e medicação, sem incomodar o animal), a Isadora passou a se alimentar do caldo de rações úmidas. Logo depois, voltou a alimentar-se de ração seca. No começo com dificuldades para entender como seria a nova mecânica para se alimentar. Mas com uma inteligência incrível, adaptou-se rapidamente. Tivemos que adaptar o local da alimentação, colocando a ração em pratos sem bordas – pois ela pega a ração com o lado esquerdo e não mais de frente – e em um local mais alto para facilitar o momento que ela precisa segurar a ração na boca.

Agora, a Isadora retomou a sua vida normal. Voltou a brincar durante a arrumação da cama, voltou a correr atrás de seus brinquedos, tomar sol na varanda durante as manhãs, enfim, hoje temos nossa gatinha de volta.

Esse depoimento é longo, mas quis deixar registrado a importância de se acompanhar os hábitos e costumes de seus bichinhos estando atentos, principalmente, as mudanças. Também quero deixar aqui registrado que, assim como nós, tenho certeza que muitos terão o pé atrás ao precisar optar por uma cirurgia como a que a Isadora enfrentou, mas tenham a certeza que, nas mãos de pessoas competentíssimas, sérias e, principalmente, humanas, como a Dra. Michèle e toda a equipe da Odontovet, o processo será um sucesso e o seu bichinho, com toda certeza, terá uma qualidade de vida excelente.

Sabemos que, como todo tumor malígno, podemos ter novas surpresas, mas vamos vivendo um dia após o outro e curtindo a nossa princesinha feliz e contente novamente.

Obrigado Dra. Michèle. Todos nós encontramos pessoas especiais em nossas vidas e você, com certeza, já faz parte dessa grupo para nós.

Eduardo e Claudio.

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