Todo campo de atuação possui diretrizes – conhecidas também como “guidelines” -, que são documentos que padronizam as práticas mais adequadas de cada função.
No mundo da medicina veterinária este documento de diretrizes é confeccionado e publicado pela Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais (World Small Animal Veterinary Association – WASAVA), buscando padronizar as práticas clínicas nas áreas da veterinária. Para confecção dos documentos selecionam-se temas com relevância global, e então um grupo de especialistas discutem as melhores formas de abordagem clínica, diagnóstico e tratamento. Os documentos já disponíveis abrangem guias de Vacinação, Nutrição, Controle da Dor e mais alguns.
No final de 2017, no entanto, finalmente foi criado as Diretrizes Globais em Odontologia Veterinária (Global Dental Gidelines), padronizando as práticas deste campo de atuação. Foram consultados onze especialistas de diferentes partes do mundo para a confecção do documento.
O hotsite da WASAVA voltado para as Diretrizes de Odontologia Veterinária explica porque a criação deste guia se fez tão importante (em tradução livre):
- Pois a doença oral é uma condição extremamente comum e dolorosa para os animais.
- A doença oral é, inclusive, o problema de saúde mais comum da medicina veterinária em pequenos animais.
- Doenças orais são muito dolorosas, e apesar disso, os animais raramente apresentam sinais clínicos, sendo muitas vezes negligenciados até que estejam em estado avançado.
- Existem numerosas consequências locais e regionais vindas da infecção oral.
- Devido a dor e a infecção, incluindo as consequências locais, regionais e sistêmicas, as afecções orais e dentárias não tratadas diminuem consideravelmente a qualidade de vida do paciente.
- Este documento pode ser considerado programa de bem-estar animal.
- Existe uma ausência sobre educação odontológica durante a formação de médicos veterinários (falamos sobre isso neste post)
- Menos de 20% das faculdades de Medicina Veterinária nos EUA possuem um dentista veterinário na equipe (no Brasil este número é ainda menor, sendo necessário fazer cursos de pós-gradução para formar dentistas veterinários).
Baseado nas informações acima e em outros fatores: - Ainda há um significante número de mitos sobre odontologia veterinária.
- Doenças orais, dentais, maxilofaciais são consideradas graves, e mesmo assim são negligenciadas.
- A desinformação (dos médicos veterinários) não apenas resulta em um tratamento e/ou diagnóstico errôneo ou negligenciado, mas também abre precedentes para que os tratamentos sejam feitos de forma completamente errônea, como a “raspagem de tártaro” (tartarectomia) sem o uso de anestesia.
- Os erros e confusões na detecção das causas das doenças periodontais criou uma cultura de uso indiscriminado e em excesso de antibióticos para o tratamento dos problemas orais.
Por último, o site oficial ressalta que: “Não há área da medicina veterinária que necessite de mais atenção, educação e padronização em suas práticas clínicas quanto a odontologia”.
Nós do Odontovet temos orgulho de ressaltar que nos mais de 20 anos de nosso trabalho dentro da odontologia veterinária sempre estivemos alinhados com as diretrizes e trabalhamos constantemente para uma mudança do cenário no Brasil, educando profissionais e atendendo com excelência pacientes, desmistificando pensamentos populares e informando toda a comunidade.
Para ler o documento completo, acesse: http://www.wsava.org/sites/default/files/Dental%20Guidleines%20for%20endorsement_0.pdf
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