Na matéria produzida pelo site Clube para Cachorros, a Dra. Michele Venturini listou os 5 problemas bucais mais recorrentes em pets e explica em detalhes como cada um deles se manifesta.
Leia abaixo o texto da matéria publicado no site:
- Periodontite
Doença periodontal ou periodontite é a principal doença que pode comprometer os dentes e a boca dos cães. Segundo a veterinária dentista, aproximadamente 85% dos cães de três a cinco anos de idade já estão comprometidos com esse problema.
A periodontite surge através do acúmulo de placa bacteriana presente na boca do cachorro. Mesmo sendo uma característica fisiológica e normal, a placa pode aumentar se o tutor não realiza a higienização dos dentes do animal e então passa a ser um problema.
“Ela [a placa bacteriana] acaba se acumulando, se organizando, se calcificando (formando o tártaro) e se tornando agressiva para as estruturas dos dentes (gengiva, osso e ligamento que seguram o dente) e para o organismo”, ressalta Michele.
O primeiro sinal desse problema é o famoso “bafinho” nos cães. Nesse estágio é comum que o animal apresente apenas a gengivite, que é a inflamação na gengiva.
Com o passar do tempo, e sem o tratamento adequado, a doença avança. “Se não cuidarmos desta fase, a doença evolui para as estruturas mais internas (osso e ligamento) causando a destruição dos mesmos (periodontite). Os dentes ficam abalados (moles) e podem até cair sozinhos.”
Quando a doença periodontal já está muito avançada, os cães afetados podem demonstrar outros sinais de incômodo. Alguns passam a preferir rações mais umedecidas, outros deixam de roer ossos e há ainda os que passam a ficar mais quietos. Tudo isso, devido a dor que sentem.
“O ideal é não deixar a doença passar da gengivite pois, uma vez que ocorre a destruição dos tecidos mais internos, o processo é irreversível, sendo muito difícil voltar ao estado normal”, indica a médica veterinária.
- Fratura dos dentes
Existem diferentes formas dos cães fraturarem os dentes. Por exemplo, quando mordem ou roem objetos muito duros, estão expostos a esse tipo de problema dentário.
As fraturas dos dentes podem ocorrer também de forma acidental, quando cães brigam entre si. Outra forma desse incidente acontecer é quando cães ficam puxando grades ou portões.
“O melhor é sempre tratar assim que fraturou pois o dente quebrado e com o canal exposto, funciona como uma porta de entrada para as bactérias e um foco de inflamação que acaba comprometendo o resto do organismo”, orienta a dentista canina.
- Problema de dentes de leite (decíduos) persistentes
Um outro grave problema dentário em cães é a persistência de dentes decíduos. Essa situação é oriunda da não queda dos dentes de leite, os quais não abrem espaço para os dentes permanentes.
“Dois dentes não ocupam o mesmo espaço e se o dente de leite não for removido, o dente permanente pode se posicionar no local errado levando à problema de oclusão”, explica.
Para a cirurgiã dentista, raças como maltês, yorkshire, pinscher, spitz alemão anão e outras de porte pequeno, são as maiores vítimas desse problema.
Infelizmente, essa doença não pode ser prevenida. Contudo, assim que diagnosticada, deve ser tratada por um veterinário dentista. “Antigamente, se indicava esperar até um ano de idade para fazer a extração dos dentes decíduos, hoje o indicado é fazer antes para que o cão não tenha problemas de oclusão.”
- Tumores na boca
Devido a maior expectativa de vida dos cães, eles tendem a ter também uma incidência maior de tumores. Um deles é o tumor na boca, que segundo a Dra. Michele Venturini, surge com mais frequência em animais com idade avançada.
“Para os tumores, o quanto antes o mesmo for tratado, melhor para o cão. Assim, se começar a ter uma “bolinha” na boca que está crescendo, já é hora de fazer uma biópsia para saber o que é aquilo pois pode ser um tumor maligno”, relata a veterinária.
- Fraturas de mandíbula ou maxilar
Já as fraturas de mandíbula ou de maxilar são relacionadas à brigas, atropelamentos e até mesmo quedas. Para evitar tais situações, é importante que o dono cuide da segurança do animal.
Já as fraturas de mandíbula ou de maxilar são relacionadas à brigas, atropelamentos e até mesmo quedas. Para evitar tais situações, é importante que o dono cuide da segurança do animal.